LALU, ou Marilia D'Alancourt Fonseca de Souza

Eu me lembro do dia em que eu perguntei a minha mãe, qual era o NOME real da minha avó.

Passei boa parte da minha infância sem saber o nome dela, nem de vó, a gente chamava ela, era sempre LALU.

Na logomarca da cerâmica da minha mãe, em todas as peças, tinha um selinho,

um carimbo direto na massa, LALU.

Muito constrangida um dia eu perguntei a minha mãe, qual era o nome de verdade da Lalu, eu devia ter uns oito anos.

Me lembro do meu constrangimento, a final ela era muito LALU, foi muito constrangedor fazer essa pergunta... por que ao mesmo tempo não poderia ser diferente de LALU, esse nome combina muito com ela. Tão talentosa, que qualquer atividade artistica, ela tirava de letra, realmente ela arrasava qualquer quarteirão, além de linda, de uma adorável avó, ela costumava realizar qualquer pedido extravagante, fabricava o que eu quisesse, casacos de tricot na cor que eu quisesse, fantasias, bonecas, geléias pães, doces em compota, esculturas, pinturas e em fim realmente eramos muito mal acostumados.

Das revistas francesas antigas 100 Idees, as Bricolages aos livros sobre ficção científica, história e poesia que Lalu tanto lê, hoje tem um que ela adora, A História secreta dos Homes.

Ela inventava tudo, até uma cerâmica que nasceu na casa dela em Ipanema, na década de 50, quando viu una pote de cerâmica muito feio no escritório do meu avô, e cresceu tanto que mais tarde minha mãe começou a desenhar as peças e assim foi indo...
Esculturas, jóias em cobre, cerâmicas, vestidos, tricos, fivolité, geléias e licores, tudo uma diversão e bons passatempos, é uma DIVA, o que ela quer ela realiza!

Viva a LALU onde toda a cerâmica da minha mãe começou!

Agora eu começo a reunir as informações, peças, e fotos dessa história linda, e quem sabe isso dá um assunto....Irmã de Aurélio, Ritoca, Xixa, Lucília, Yolanda...é muita História...

 e essa é a minha avó, a Lalu.